27.2.14

A escola é de todos, para todos (Parte I)



Vivemos momentos de grande ofensiva à educação, quer seja no ensino público(básico e secundário), ensino profissional ou superior.

Só este ano foram cortados 500M€ no ensino público não contando com o que já foi cortado desde 2010.
Os problemas que nós, indignados, reclamávamos no inicio do ano lectivo são um reflexo desta situação, falta de professores e funcionários e por consequência um excesso de alunos por turma, más condições de infraestruturas, obras paradas, serviços como bibliotecas, refeitórios, bares e papelarias com mau funcionamento. E também agravam-se as capacidades financeiras das famílias grande causador do abandono escolar. 

Mas a situação não acaba por aqui como bem sabem, os estudantes do ensino profissional deparam-se com ataques aos seus direitos. Várias destas escolas sofrem de um desinvestimento que se reflecte novamente na falta de condições materiais e humanas. Mas aqui, um nível de ensino que exige aos seus estudantes um pagamento de propinas, o objectivo é claro formar mão de obra barata submetida a uma maior exploração.
E caso um estudante da via profissionalizante "sonhar" ir estudar para uma instituição de ensino superior será com muito maior dificuldade, visto as matérias leccionadas durante este curso não serem direccionadas para os Exames Nacionais, elitizando assim um ensino superior.





Mas a divisão ocorre aqui, nesta linha não tão ténue de quem tem capacidades financeiras ou não.
Desde 2010 já foram cortados 1.000M€ no ensino superior público. Só este ano foram já cortados 80.5M€. Estas políticas de desinvestimento tem sido cada vez mais consolidada, em que por um lado o subfinanciamento, causando asfixia das instituições nomeadamente, e terei que referir novamente, no plano das condições materiais e humanas, por outro a exigência feita às instituições de gerar receita própria cobrando aos seus estudantes propinas, que actualmente vão no valor de 1065.72€, ou também em investimento privado atendendo assim, apenas, aos interesses dos grandes grupos económicos. E o ensino Superior deve estar ligado às necessidades de produção, desenvolvimento e progresso do País.


É esta a escola a que temos direito.


Deixando uma nota a parte II vai incidir nos direitos dos estudantes na vida e na organização da escola.

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